Aller au contenu principal
RF

Pâté rústico de carne

Pâté rústico de carne

Por Julia

Pâté rústico que une carne suína moída com textura firme, pedaços doces de frutas secas e uma crosta amanteigada feita à mão. Movimento entre o cozimento do aipo-rábano e o preparo da farofa temperada, criando um recheio preto em aromas de canela e cravo. A crosta leve mas consistente envolve tudo, mantendo suculência e contraste. Finalizado com uma guarnição fresca que realça o prato. Técnica e instinto no forno para saber quando está dourado e cozido. Ajustes simples para ingredientes locais brasileiros ou substituições que adicionam personalidade. Perfeito pra quem curte o rústico das cozinhas de família, e gosta de testar variações no sabor e textura.
Preparo: 45 min
Cozimento: 55 min
Total:
Porções: 8 porções
#prato principal #receitas de família #culinária rústica
No meio da cozinha, o aroma inconfundível da canela misturada ao suor do forno. Tentei várias vezes fazer essa massa, até entender que manteiga gelada e pouco trabalho manual fazem toda a diferença na crocância. O recheio? Uma dança entre aipo-rábano com sua textura terrosa e os toques doces das ameixas — troquei as tâmaras, curti a acidez que vem junto da ameixa. O segredo está em caramelizar bem a carne e eliminar excesso de líquido para deixar a farofa firme. O toque ácido e herbal da guarnição, finalizada no último momento, clareia tudo. Paixão por pratos rústicos, um legado das cozinhas simples, daqueles sabores que vêm com história e deixam a gente satisfeito além do paladar.

Ingredientes

Recheio

  • 1 aipo-rábano médio, descascado e cortado em cubos
  • 45 ml (3 colheres de sopa) de azeite de oliva
  • 1 cebola média picada
  • 400 g de carne suína moída magra (reduzi um pouco pra deixar menos gorduroso)
  • 200 ml de caldo de carne (usei caldo caseiro, mais encorpado que o de frango)
  • 20 g de farinha de rosca (substituí a farinha de rosca industrial por de pão caseiro seco)
  • 1 ml (1/4 colher de chá) de canela em pó
  • 1 ml (1/4 colher de chá) de noz-moscada ralada na hora (troquei o cravo por noz-moscada)
  • 50 g de ameixas secas picadas (usei ameixas no lugar das tâmaras para um toque de acidez equilibrado)
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
  • Massa

    • 280 g de farinha de trigo comum
    • 3 ml (1/2 colher de chá) de sal fino
    • 160 g de manteiga gelada em cubos (importante ser bem fria para a textura quebradiça)
    • 110 ml de água gelada (pode precisar de um pouco mais, dependendo do tipo de farinha)
    • leite para pincelar
    • Guarnição

      • 1 talo de aipo cortado em cubinhos pequenos
      • 15 ml de suco de limão-siciliano
      • 15 ml de azeite de oliva extra-virgem
      • 10 g de coentro fresco picado (substitui o salsa para um frescor mais brasileiro)
      • sal e pimenta a gosto

Sobre os ingredientes

Aqui, atenção para o aipo-rábano, aquele tubérculo que lembra um nabo grande. Caso não encontre, nabo comum ou mandioquinha podem funcionar, mudando um pouco o sabor. Use manteiga com pelo menos 82% de gordura para a crosta, isso evita aquela textura gordurosa e pesada. Para amaciar o recheio e dar liga, evite farinha de rosca industrial muito fina; prefira farinha caseira com pedaços, traz textura e mantém firmeza. Ameixas substituem as tâmaras bem – menos doce, mas mais refrescante. Troque o caldo de frango por caldo de carne para reforçar sabor, se possível caseiro para riqueza extra. Guarnição com coentro dá fresh brasilidade, mas salsa funciona caso não goste do sabor mais marcante. Água gelada no preparo da massa é essencial; sem ela o resultado perde firmeza e crocância.

Modo de preparo

Recheio

  1. Pré-aqueça o forno a 205 ºC, configure a grade no meio. Em uma assadeira untada com azeite, misture o aipo-rábano com 30 ml do azeite e tempere com sal e pimenta. Leve para assar por uns 27 minutos ou até ficar macio, perfure com garfo para sentir quando amolecer. Reserve.
  2. Enquanto isso, aqueça uma frigideira grande em fogo alto. Refogue a cebola picada com o restante do azeite até ficar translúcida e levemente dourada, isso traz doçura e um sabor quase caramelizado. Acrescente a carne suína moída, mexa com uma colher de pau para desmanchar os pedaços, cozinhe até perder o tom rosado e dourar, sinal de que está começando a caramelizar e ganhar textura.
  3. Despeje o caldo de carne, deixe evaporar quase completamente mexendo ocasionalmente, uns 10 minutos devem bastar. A calda ajuda a amaciar a carne e liga os temperos. Junte a farinha de rosca, canela, noz-moscada, sal e pimenta, mexa para incorporar. Por fim, adicione as ameixas picadas e cozinhe por mais 2 minutos para misturar sabores. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco.
  4. Massa

    1. No processador, combine a farinha e o sal. Acrescente a manteiga gelada em cubos aos poucos, pulsando até formar farelos do tamanho de pequenas ervilhas — isso garante uma massa quebradiça, sem ficar gordurosa. Vá adicionando a água gelada aos poucos, só até a massa começar a formar uma bola, evite trabalhar demais para não ativar o glúten e deixar a massa dura.
    2. Vire a massa numa superfície ligeiramente enfarinhada e faça um disco, embrulhe em filme plástico e leve para gelar por 25 a 35 minutos — esse descanso hidrata a farinha e facilita a abertura.
    3. Montagem

      1. Abra a massa em disco de cerca de 35 cm de diâmetro, não muito fina para não quebrar durante o cozimento, e transfira para uma forma ou uma assadeira com borda baixa forrada com papel manteiga.
      2. Distribua o recheio no centro, deixando uns 5 cm de borda livre. Espalhe o aipo-rábano assado sobre a carne, garantindo textura e umidade contrastante.
      3. Dobre as bordas para dentro, fazendo pregas e deixando o centro aberto para liberar vapor — isso evita a massa ficar encharcada. Caso queira, nesse ponto pode levar ao congelador para salvar para outro dia.
      4. Pincele a borda e a massa exposta com leite para ajudar a dourar bonito no forno.
      5. Asse por 33 a 38 minutos, observe a crosta: deve ficar dourada, firme mas não queimada. Se bordas começar a dourar rápido demais, cubra com papel alumínio para terminar o cozimento sem escurecer demais.
      6. Guarnição

        1. Enquanto o pâté assa, misture o aipo cru, o limão, o azeite e coentro numa tigela pequena. Tempere com sal e pimenta a gosto.
        2. Assim que tirar do forno, espalhe essa mistura sobre e ao redor do pâté, traz um contraste fresco e crocante, equilibrando o recheio mais pesado.
        3. Sirva quente, com vinagrete caseiro simples ou até uma salada verde para arrematar.
        4. == Dicas extras ==
        5. Se a massa ficar muito seca, adicione mais um pouco de água gelada, mas aos poucos. Se o recheio soltar muito líquido, deixe cozinhar por mais tempo para firmar ou adicione uma colher de farinha de trigo para dar liga.
        6. No lugar do aipo-rábano, um nabo da terra pode funcionar. Palmito picado pode substituir as frutas secas para um toque mais suave e menos doce.
        7. Útil usar uma frigideira larga para dourar a carne, seu tamanho ajuda a evaporar melhor o líquido sem cozinhar no vapor.
        8. A crosta é ponta-chave; manteiga fria e pouquíssima manipulação são segredos para massa quebradiça e crocante.
        9. Observe o cheiro da canela e noz-moscada durante o cozimento; devem ser aromáticos, jamais arriba, senão amargam.
        10. O toque do limão na guarnição traz leveza, evite usar antes do forno para não amolecer massa ou recheio.

Dicas de preparo

Sempre preaqueça o forno quando for começar. Assar o aipo-rábano primeiro garante que ele não solte muita água durante o cozimento final, importante pra crosta não amolecer. Caramelizar a cebola até dourar intensifica a base, faz muita diferença no sabor. No processo com a carne, mexa para espalhar o calor e garantir que todo líquido evapore — isso evita que a crosta afunde na hora de assar. Na massa, pouca manipulação evita o desenvolvimento do glúten que endurece o resultado. Refrigeração ajuda a ligar melhor antes do forno, mas não vale deixar de molho. Quando abrir a massa, faça pressão com leveza para preservar as bolhas que trazem leveza na boca. Ao fechar a torta, as pregas além de decoração ajudam a prender o recheio, sem vedar totalmente para o vapor escapar. Pincele a massa para garantir brilho sem queimar. O tempo no forno pode variar; observe visual da crosta e cheiro para acertar. A guarnição por cima traz frescor imediato, não deixe para fazer muito antes para não murchar.

Dicas da chef

  • 💡 A massa precisa de manteiga bem gelada. Não deixe de lado esse detalhe. Se amassar demais pode ficar dura. Deixe sempre refrigerar um pouco antes de abrir. Preste atenção para não deixar de molho. Se a massa quebrar na hora de abrir, use um leve empurrão. Preserve as bolhas que vão facilitar a leveza, é fundamental.
  • 💡 Quando fritar a cebola, tenha paciência. A caramelização é o segredo. E não mexa muito, isso pode atrasar o processo. Dourar é fundamental para liberar aquele sabor adocicado. O cheiro muda completamente; começa a ficar doce e muitas vezes, quase 'queimadinho'. Olhos atentos são importantes. A cebola deve ficar bem dourada, mas não queimada.
  • 💡 O recheio pode soltar líquido. Em um caso desses, cozinhe mais tempo. Assim, vai evaporar o excesso. Temperar vai além do sal e pimenta. Pense nas especiarias. A noz-moscada e a canela trazem frescor e um aroma inconfundível. Se preferir, pode incrementar com outras ervas. Misturas sempre boas para surpreender!
  • 💡 Não se esqueça da guarnição. A mistura de aipo cru, limão e coentro traz frescor. Evite fazer muito antes de servir. Isso pode murchar. E isso não é o que você quer. Senão o contraste com o recheio não aparece bem. Pincele a massa antes de levar ao forno. Isso faz toda a diferença na coloração final, sem ressecar.
  • 💡 Se a massa grudar, polvilhe a bancada com farinha. Use uma espátula, isso ajuda a liberar sem quebrar. O tempo de forno pode variar. Sempre fique de olho. O cheiro e a cor são seus guias. Olhos e nariz podem evitar queimar o prato. Caso comece a dourar demais nas bordas, cobre com papel alumínio e deixe acabar de assar.

Perguntas frequentes

E se eu não encontrar aipo-rábano?

Use nabo comum ou mandioquinha. Troca bem, muda um pouco o gosto, mas é válido. Olhe bem na feira, às vezes aparece.

O que fazer se a massa não ficar boa?

Se ficar muito seca, adicione mais água aos poucos. Se muito molhada, adicione um pouco de farinha. Mistura é a chave, então ajuste e vá testando.

Como armazenar o pâté?

Gosto de colocar em um recipiente hermético. Deixa na geladeira por até três dias. Mas se ficar muito tempo, pode perder a crocância. Para congelar, embale bem.

Meu recheio ficou muito úmido. O que eu faço?

Cozinhe por mais tempo na panela. Evite o vapor, isso pode soltar líquido. Caso seja necessário, misture um pouco de farinha ao recheio e cozinhe para melhorar.

Você também vai gostar

Ver todas as receitas →